Desde a semana passada, uma iniciativa do governo Lula tem sido tema de inúmeros debates e manifestações de vários setores organizados da sociedade. Trata-se do Plano Nacional de Banda Larga. A exemplo do que tem acontecido desde que o governo anunciou a disposição de elaborar um plano que assegure o acesso de toda a população à internet em banda larga, sobretudo a mais carente e a que mora nos locais mais inacessíveis, a polêmica tem sido a grande marca do debate. De um lado, as operadoras e os grupos que defendem a exploração desse serviço em regime privado. De outro, os movimentos sociais e a defesa do serviço em regime público. Entre os dois, a maioria da população, especialmente os setores que serão diretamente beneficiados, quase que completamente ausentes da discussão.
A bem da verdade, a maioria da população não tem qualquer conhecimento sobre a importância e o significado desse Plano e as conseqüências sobre o seu dia a dia. Para muitos, banda larga simplesmente não existe. Há os que não têm acesso a ela porque não têm acesso nenhum à internet ou acesso muito precário – são os moradores das áreas longínquas do país. E há os que não têm acesso porque é um serviço caro – neste caso os moradores das periferias, das comunidades populares das grandes e médias cidades.
A proposta apresentada pelo governo pretende massificar a oferta de banda larga até 2014. Ao mesmo tempo, quer com isso promover o crescimento das telecomunicações no país, assunto que interessa de perto a nós, trabalhadores do setor, pelo que representa de geração de emprego e qualificação de postos de trabalho.
Na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, realizada em dezembro, em Brasília, o Sinttel-Rio teve papel fundamental nesse debate através do Instituto Telecom, ao defender que o serviço de banda larga seja prestado em regime público. Essa proposta foi aprovada no grupo de trabalho, no plenário, e foi encaminhada ao governo federal.
O lançamento do Plano Nacional de Banda Larga, depois de várias vezes anunciado, é mais um passo importante no sentido de assegurar a democratização da informação no Brasil. Para saber mais sobre o PNBL acesse o site www.institutotelecom.com.br.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
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